Mapeamento de abelhas-sem-ferrão em uma Área de Preservação Permanente do Sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.35700/ca8042-512929Palavras-chave:
abelhas Jataí, abelhas Mirim, ninhos-isca, meliponicultura, conservação da biodiversidade.Resumo
Diversos cientistas ao redor do mundo têm alertado sobre a diminuição das populações de abelhas devido às ações antrópicas, como o desmatamento e o uso de agrotóxicos. Preocupados com essa realidade local e mundial, a Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (FUJAMA) solicitou a elaboração do presente estudo em 2018, o qual teve como objetivo mapear e identificar as espécies de abelhas-sem-ferrão (ASF), na comunidade do entorno e na Área de Preservação Permanente (APP) do IFSC Campus Jaraguá do Sul-Rau. Para isso, foram confeccionados e instalados ninhos- isca em troncos de árvores de grande porte, à sombra, na APP do câmpus e na área do entorno, em casa de vizinhos da comunidade, sendo inspecionados semanalmente. As espécies de ASF que nidificaram nas iscas foram identificadas e entre 45 e 60 dias, após as capturas, os enxames eram transferidos dos ninhos-isca para as caixas racionais, dando início à estruturação de um meliponário modelo. Foram identificadas três espécies de ASF no entorno, a Jataí (Tetragonisca angustula), a Mirim-guaçu-amarela (Plebeia remota rufis) e a Mirim-droryana (Plebeia droryana). A participação da FUJAMA e os resultados obtidos são um indicativo à realização de futuras ações de extensão, visando a conservação de ASF e a introdução da atividade de meliponicultura na comunidade.
http://dx.doi.org/10.35700/ca.2021.ano8n15.p42-51.2929
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