JUVENILIZAÇÃO DA EJA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS NA ESCOLARIZAÇÃO
Palavras-chave:
Juvenilização da EJA, Juventude, Desafios e Possibilidades na EscolarizaçãoResumo
Este trabalho tem o objetivo de refletir sobre o fenômeno de juvenilização da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nesse sentido, a compreensão dos dados fundamenta-se nos pressupostos da abordagem qualitativa, de caráter descritivo-reflexivo (CHIZZOTTI, 2011). Já a base metodológica foi a de revisão bibliográfica (SEVERINO, 2007; GIL, 2002). Para tanto, a partir de autores como Lódi (2019), Alcantara (2016), Jardilino e Araújo (2014), Groppo (2004) e Carrano (2000; 2007), compreendemos aspectos pontuais do conceito de “juventude”, bem como quem são os novos sujeitos que emergem desse fenômeno na EJA e os desafios e possibilidades dessa nova estruturação da modalidade apontados neste trabalho. As reflexões apontam que esse fenômeno tem resultado no crescimento do grupo cada vez mais jovem dentro da modalidade, que tinha como característica principal a presença predominante de adultos. Diante disso, os autores apresentados mostram que uma nova configuração da EJA é evocada para possibilitar a oferta de uma educação de qualidade aos participantes dessa modalidade, a fim de se alcançar o sucesso de se possibilitar que essa formação seja humanizadora e integral a essa multiplicidade de sujeitos que são atualmente estudantes da EJA. Por fim, destacamos este trabalho como possibilidade de instigar a realização de outros estudos na área.
Palavras-chave: Juvenilização da EJA. Juventude. Desafios e Possibilidades na Escolarização.
Referências
REFERÊNCIAS
ALCANTARA, Marivane Silva de. Juvenilização da Educação de Jovens e Adultos em Abaetetuba: representações sociais e projeto de vida escolar. 2016. 155 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Estado do Pará, Belém, 2016.
ARROYO, Miguel González. Currículo, território em disputa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente, Câmera dos Deputados. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. DOU de 16/07/1990 – ECA. Brasília, DF.
BRASIL. Parecer CNE 11/2000: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Brasília: Câmara de Educação Básica, 2000.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Brasília, 2019.
BRASIL. Lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013. Estatuto da Juventude. Brasília: Diário Oficial da União, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Proteger e cuidar da saúde de adolescentes na atenção básica. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 233 p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/proteger_cuidar_adolescentes_atencao_basica_2ed.pdf. Acesso em: 6 fev. 2021.
CARRANO, Paulo Cesar Rodrigues. Juventudes: as identidades são múltiplas. Movimento revista de educação. n. 01, 2000. Disponível em: http://www.revistamovimento.uff.br/index.php/revistamovimento/article/view/189/0. Acesso em: 13 abr. 2020.
CARRANO, Paulo. Educação de Jovens e Adultos e Juventude: o desafio de compreender os sentidos da presença dos jovens na escola da “segunda chance”. Revista de Educação de Jovens e Adultos, v. 1, p. 55-67, 2007.
CIAVATTA, Maria; RUMMERT, Sonia Maria. As implicações políticas e pedagógicas do currículo na educação de jovens e adultos integrada à formação profissional. Educação e Sociedade. 2010, vol.31, n.111, pp.461-480. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0101-73302010000200009. Acesso em: 20 abr. 2020
CHIZZOTTI. Antônio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 4 ed. São Paulo: Vozes, 2011.
DAYRELL, J.T. A escola faz juventudes?: reflexões em torno da socialização juvenil. Educação & Sociedade, Campinas, v. 28, n. 100, p. 1105-1128, out. 2007.
DI PIERRO, Maria Clara; JOIA, Orlando; RIBEIRO, Vera Masagão. Visões da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Cadernos Cedes, ano XXI, n. 55, p. 58- 77, nov. 2001.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 47. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2013.
GADOTTI, Moacir. Por uma política nacional de educação popular de jovens e adultos. 1. ed. São Paulo: Moderna: Fundação Santillana, 2014.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2002.
GOUVEIA, Daniele da Silva Maia; SILVA, Alcina Maria Testa Braz da. Os jovens da EJA e o trabalho: repensando a prática a partir das expectativas e representações sociais. Educação e Cultura Contemporânea, v. 14, p. 319-342, 2017. Disponivel em: http://periodicos.estacio.br/index.php/reeduc/article/view/3754/2002. Acesso em: 20 abr. 2020
GOUVEIA, Daniele da Silva Maia; SILVA, Alcina Maria Testa Braz da. A formação educacional na EJA: dilemas e representações sociais. Ensaio, 17(3), 749-767. 2015. Disponivel em: http://www.scielo.br/pdf/epec/v17n3/1983-2117-epec-17-03-00749.pdf. Acesso em: 20 abr. 2020
GROPPO, Luís Antonio. Dialética das juventudes modernas e contemporâneas. Revista de Educação do COGEIME, v. 13, n. 25, p. 9-22, 2004. Disponível em: https://www.redemetodista.edu.br/revistas/revistas-cogeime/index.php/COGEIME/article/view/629/568. Acesso em: 13 abr. 2020.
HADDAD, Sérgio; DI PIERRO, Maria Clara. Escolarização de jovens e adultos. Revista Brasileira de Educação, n. 14, p. 108-194, mai/jun/jul/ago 2000.
JARDILINO, José Rubens de Lima; ARAÚJO, Regina Magna Bonifácio de. Educação de Jovens e Adultos: sujeitos saberes e práticas. São Paulo: Cortez, 2014.
LÓDI, Emeline Dias. O Fenômeno Juvenilização na Educação de Pessoas Jovens e Adultas no Município De Ponte Serrada-SC. 2019. 166 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal da Fronteira Sul, Erechim, 2019.
MIRON, Keren Talita Silva; REIS, Sônia Maria Alves de Oliveira Reis. A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na Educação de Jovens e Adultos: algumas discussões. Revista Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v. 13, n. 24, p. 95-116, jan./abr. 2017. Disponível em: http://periodicos.uesb.br/index.php/praxis/article/viewFile/6545/6370. Acesso em: 20 jul. 2017.
MIRON, Kerén Talita Silva; SCHARDOSIM, Chris Royes. Estado do conhecimento: a dialogicidade entre a educação inclusiva e a educação de jovens e adultos. Práxis Educacional, [S.l.], v. 16, n. 40, p. 592-611, jul. 2020. ISSN 2178-2679. Disponível em: http://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/6580. Acesso em: 3 jul. 2020.
MORAES, Salete Campos de. A EJA como espaço de inclusão e empoderamento. In: MORAES, Salete Campos de (Org.). Educação Especial na EJA: contemplando a diversidade. Porto Alegre: Prefeitura Municipal de Educação, 2007. p. 13-22.
NAIFF, Luciene Alves Miguez; NAIFF, Denis Giovani Monteiro. Educação de Jovens e Adultos em uma análise psicossocial: representações e práticas sociais. Psicologia & Sociedade. v. 20, n. 3. p. 402-407,2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822008000300010. Acesso em: 20 abr. 2020.
RIBEIRO, Vera Maria Masagão (Org.). Educação para jovens e adultos: ensino fundamental: proposta curricular - 1º segmento. São Paulo: Ação Educativa; Brasília: MEC, 2001.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e amp, 5. reim. São Paulo: Ed. Cortez, 2007.
TRANCOSO, Alcimar Enéas Rocha; OLIVEIRA, Adélia Augusta Souto. Juventudes: desafios contemporâneos conceituais. Estudos Contemporâneos da Subjetividade, 2014, v. 4, 262-273. Disponível em: http://www4.pucsp.br/nexin/artigos/download/juventude-desafios-contemporaneos.pdf. Acesso em: 13 abr. 2020
Downloads
Publicado
Versões
- 2021-12-02 (2)
- 2021-11-24 (1)
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 EJA em Debate
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na revista EJA em debate, editada pelo Instituto Federal de santa Catarina, tal texto jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais coautores a qualquer outro periódico. Através deste instrumento, em meu nome e em nome dos demais coautores, porventura existentes, cedo os direitos autorais do referido artigo ao Instituto Federal de Santa Catarina e declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº9609, de 19/02/98).