ENSINO DE BIOLOGIA PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – DESAFIOS PARA UMA FORMAÇÃO QUE PROPORCIONE O DESENVOLVIMENTO HUMANO

Autores

Palavras-chave:

Educação Escolar. EJA. Ensino de Biologia.

Resumo

Este ensaio objetiva estabelecer um paralelo entre as características da educação escolar na sociedade capitalista com as características do público da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e projeto formativo em seu atual formato, localizando o ensino de biologia nas contradições levantadas. O formato da educação de adultos na história da educação brasileira não representa uma constante, pois sua organização e modos de oferecimento estiveram ligados a diferentes contextos político-econômicos do Brasil. Quando tomada a educação de adultos na relação com a instituição escola, há de se considerar ainda que a educação escolar na sociedade capitalista se constituiu num campo de disputa, pois ela materializa os interesses de classe, reproduzindo assim, as relações sociais de produção. Contudo, por meio de suas contradições, a escola representa para o público da EJA a possibilidade de desenvolvimento humano via a aprendizagem dos conhecimentos (artísticos, científicos, estéticos e filosóficos) historicamente produzidos. Com essas premissas, defende-se que ensinar biologia na EJA pressupõe compreender que essa atividade se dá numa escola que está alinhada aos interesses do modo de produção. O ensino de biologia que se processa na escola de jovens e adultos trabalhadores demanda, ter no horizonte, o desenvolvimento de um trabalho pedagógico que considere essas mediações, pois do contrário, esse ensino continuará corroborando com os processos de marginalização reiterada e institucionalizada pelos quais os educandos da EJA têm sido submetidos. 

Biografia do Autor

Rones de Deus Paranhos, Instituto de Ciências Biológicas - Dpto. Educação em Ciências - Universidade Federal de Goiás

Doutor em Educação pela Universidade de Brasília - Faculdade de Educação (2017). É Mestre em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Goiás (2009) e Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí (2004). Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática (PPGECM - UFG). Professor da Universidade Federal de Goiás (Departamento de Educação em Ciências - Instituto de Ciências Biológicas). É Vice-Diretor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB-UFG). É membro fundador do Grupo de Estudos e Pesquisas Colligat - repesando a formação de professores ciências da natureza; membro do grupo de Estudos e Pesquisas TRABEDUC (Trabalho Docente e Educação Escolar); Coordenador da Rede de Pesquisa em Ensino de Ciências na Educação de Jovens e Adultos (REPEC-EJA). Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino e aprendizagem do conhecimento científico (biológico), formação de professores de ciências/biologia e educação de jovens e adultos.

Maria Helena da Silva Carneiro, Faculdade de Educação - Universidade de Brasília

Doutora em Didática das Disciplinas: Biologia - Paris VII. Possui mestrado em Ecologia Humana - Université Paris Descartes (1978), mestrado em Didática das Disciplinas - Biologia pela Universidade Paris VII (1981). É docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação, Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Científica, atuando principalmente nos seguintes temas: aprendizagem de conceitos científicos, ensino de ciências, ensino de biologia, imagens e ensino de ciências, livro didático e aprendizagem e divulgação do conhecimento científico

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Publicado

2019-12-20

Edição

Seção

TEORIAS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS