Educação de jovens e adultos: significado da formação

Autores

  • Nadir de Fátima Borges Bittencourt IFMT
  • Maria de Fatima Pereira Alberto UFPB

Palavras-chave:

Educação de jovens e adultos. Formação profissional. Mundo do trabalho.

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar os sentidos atribuídos pelos jovens do PROEJA à sua formação educacional. Usou-se como embasamento a teoria Histórico-Cultural de Vygotsky, segundo a qual o homem é um ser histórico-social, constituindo-se na relação dialética eu-outro. Adotou-se abordagem qualitativa e entrevistas semiestruturadas analisadas a partir dos Mapas de Associação de Ideias (SPINK, 2004). Participaram dez jovens do PROEJA, seis ingressantes e quatro egressos. Os dados revelam que o trabalho perpassa a vida desses jovens desde a adolescência, e o principal motivo do retorno à escola é retomar os estudos e obter qualificação profissional. Para os participantes da pesquisa, o PROEJA tem grande alcance social, como recuperação da escolaridade, inserção no mundo do trabalho, promovendo melhorias das condições de vida.

Referências

ALBERTO, M. F. P. A dimensão subjetiva do trabalho precoce de meninos e meninas em condição de rua em João Pessoa (PB). Tese (Doutorado), Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2002.

ALBERTO. M. F. P.; SANTOS, D. P. Trabalho infantil e desenvolvimento: Reflexões à luz de Vigotski. Psicologia em Estudo, Rio de Janeiro, 16 (20): 2011. p. 209 – 218.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação/ Câmara de Educação Básica. Parecer nº 11, de 5 de julho de 2000. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação e Jovens e Adultos. Brasília, DF, 2000. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/eja/legislacao/parecer_11_2000.pdf. Acesso em: 10 de out. de 2010.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm. Acesso em: 11 de out. de 2010.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente [ECA]. Lei Federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm. Acesso em: 11 de out. de 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Documento Base do PROEJA, Brasília, DF, 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf2/proeja_medio.pdf. Acesso em: 02 de ago. de 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 196, de 10 de outubro de 1996. Aprova normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília, DF, 1996b.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, v. 134, n. 248, 23 dez. 1996a. Seção I, p. 27834-27841.

BRASIL. Decreto Nº 5.840, DE 13 DE JULHO DE 2006. Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/decreto/D5840.htm> Acesso em: 20 de jul. de 2010.

CARRANO, P. Educação de jovens e adultos e juventude: o desafio de compreender os sentidos da presença dos jovens na escola da “segunda chance”. REVEJ@: Revista de Educação de Jovens e Adultos. 2007. Disponível em http://www.reveja.com.br/revista/0/artigos/REVEJ@_0_PauloCarrano.pdf >. Acesso em: mar. 2011.

FRIGOTTO, G. A produtividade de escola improdutiva: um (re) exame das relações entre educação e estrutura econômico-social capitalista. São Paulo: Ed. Cortez, 1986.

FRIGOTO, G. (Org.). Educação e crise do trabalho: perspectivas de final de século. Petrópolis, RJ: Ed. Vozes, 2005.

FRIGOTTO, G. Educação e a crise do capitalismo real. 6.ed. São Paulo: Ed. Cortez, 2010.

MACHADO, M. M. A trajetória da EJA na década de 90: Política pública sendo substituída por "solidariedade". In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, XX, 2008, Caxambu, MG. Disponível em: <http://forumeja.org.br/gt18/files/MACHADO.pdf_2_0.pdf>. Acesso em: out. 2010.

MOLON, S. I. Subjetividade e Constituição do Sujeito em Vygotsky. Petrópolis: Ed. Vozes, 2009.

PAIVA, J. Tramando concepções e sentidos para redizer o direito à educação de jovens e adultos. Revista Brasileira de Educação, 11(33): 2006. p. 519 – 566.

PINO, M. D. Política educacional, emprego e exclusão social. In: FRIGOTTO, G. e GENTILI, P. (Orgs.). A cidadania negada: políticas de exclusão na educação e no trabalho. São Paulo: Ed. Cortez, 2008.

RODRIGUEZ, L. M. Educação de jovens e adultos na América Latina: Políticas de melhoria ou de transformação; reflexões com vistas à VI CONFINTEA. Revista Brasileira de Educação, 14(41): 2009. p.326 – 333.

SANTOS, D. P. As implicações psicossociais do trabalho precoce em adultos. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2011.

SOUZA. J. S. Trabalho, juventude e qualificação profissional: A pedagogia da hegemonia das políticas de inclusão de jovens no Brasil. In: SEMINÁRIO NACIONAL SOCIOLOGIA E POLÍTICA UFPR: “SOCIEDADE E POLÍTICA EM TEMPOS DE INCERTEZA”, I, 2009.

SOUZA, J. S. Elevação de escolaridade integrada à educação profissional como política de inclusão social de jovens. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO E MARXISMO, EDUCAÇÃO E EMANCIPAÇÃO HUMANA, V, 2011, Florianópolis, SC.

SPINK, M. J. Práticas discursivas e produção de sentidos no cotidiano: Aproximações teóricas e metodológicas. São Paulo: Ed. Cortez, 2004.

SPINK, M. J. Linguagem e produção de sentido no cotidiano. [Edição eletrônica]. Biblioteca Virtual de Ciências Humanas do Centro Edelstein de Pesquisas Sociais. 2010.

SPOSITO, M. P. Algumas reflexões e muitas indagações sobre as relações entre juventude escola no Brasil. In: ABRAMO, H. e BRANCO, P. P. M. (Orgs.). Retratos da juventude brasileira: análises de uma pesquisa nacional. São Paulo, SP: Instituto Cidadania, Fundação Perseu Abramo, 2005. p. 87 – 127.

THOMÉ, L. D.; TELMO, A. Q. e KOLLER, S. H. Inserção laboral juvenil: contexto e opinião sobre definições de trabalho. Paidéia, 20 (46): 175 – 185, 2010.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem: Martins Fontes: São Paulo, 1993.

VYGOTSKY, L. S. A formação Social da Mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. Tradução de J. C. Neto, L. S. M. Barreto & S.C. Afeche), 7. ed. São Paulo: Ed. Martins Fontes. 2007. (Original publicado em 1934).

Downloads

Publicado

2015-12-22

Edição

Seção

CURRÍCULO