ANALISE FÍSICO-QUÍMICA E TOXICOLÓGICA DE EFLUENTE GERADO POR LAVADORES DE GASES EM OLARIA DO SUL CATARINENSE.

Autores

  • Jaqueline Da Silva UFSC
  • Kamila Osowski Tomazi UFSC
  • Alex Célio Sant’ana UFSC
  • Raquel Piletti UNESC
  • Elídio Angioleto UNESC
  • Claus Tröger Pich UFSC

Palavras-chave:

Toxicologia ambiental, Cerâmica, Olaria, Material particulado, Lavadores de gases.

Resumo

Substâncias presentes no ambiente afetam organismos através de interferência em seu metabolismo ou mutações genéticas, cujo excesso pode afetar indivíduos e populações promovendo perda de viabilidade dos mesmos. O uso de bioindicadores pode proporcionar monitoramento rápido e econômico da toxicidade e genotoxicidade de misturas complexas às quais as populações humanas e naturais podem estar expostas. O objetivo deste trabalho foi analisar os efeitos tóxicos e genotóxicos provocados por efluente líquido proveniente de lavadores de gases instalados em chaminés de olarias utilizando bioindicadores e análises químicas. Estas análises foram realizadas utilizando-se os seguintes procedimentos: 1) Análise de parâmetros físico-quimicos (contratado a partir da prestação de serviço dos laboratórios do IPAT – UNESC, 2) Análises de toxicologia aguda utilizando-se Artemia sp. e Daphnia magna em teste de sobrevivência e toxicologia crônica utilizando os organismos Allium cepa L. e Lactuca sativa verificando sua capacidade de desenvolvimento. Como marcador genético foi realizado o teste de quebra de DNA plasmidial utilizando-se o plasmídio pBSK II. Depois de realizados os procedimentos foram detectados níveis alterados de fenóis, nitrogênio e DBO. Observou-se toxicidade aguda nos testes com Artemia sp, onde concentrações de 50% foram letais, e D. magna onde em todos os testes o fator de diluição superou o permitido pela legislação. Em teses com A. cepa houve uma significativa alteração no crescimento e no número de raízes. Observou-se também uma redução no número de brotos de L. sativa. No teste de clivagem de DNA plasmidial observa-se que o efluente tem capacidade de interferir na molécula podendo causar danos genéticos. Estes resultados revelam que a composição do efluente é tóxica e possivelmente genotóxica para seres vivos e demonstram a necessidade de mais estudos para uma melhor avaliação do potencial tóxico do mesmo e possíveis maneiras de minimizá-lo ou eliminá-lo.

Palavras-Chave:

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Publicado

2012-11-07

Edição

Seção

ARTIGOS