INTEGRAÇÃO FOTOVOLTAICA À ARQUITETURA DE EDIFICAÇÕES E O CONCEITO DE ZEB (ZERO ENERGY BUILDING)

Autores

  • Andrigo Filippo Antoniolli

Palavras-chave:

Edificação de energia zero (ZEB), Edificação de energia positiva, (Energy-PlusBuilding), Sistemas fotovoltaicos integrados à edificação (BIPV).

Resumo

A geração de energia elétrica através de sistemas fotovoltaicos integrados a edificaçõesestá diretamente ligada à disponibilidade de radiação solar e ao envelope construído. Airradiação solar disponível no Brasil tem potencial suficiente para adotar a tecnologia solarfotovoltaica como fonte alternativa de energia para edificações. Porém, cabe aoprofissional habilitado estudar o potencial e a melhor integração de sistemas fotovoltaicosàarquitetura das edificações, analisando primeiramente a demanda de consumo deenergia elétrica e, assim, chegar a uma potência fotovoltaica necessária para abastecer aedificação. Quando a integração fotovoltaica é possível e a potência instalada geraranualmente a mesma quantidade de energia que o edifício consumir, pode-se entenderque a edificação é um ZEB (Zero Energy Building). Caso o balanço anual entre oconsumo de energia elétrica e a geração fotovoltaica do sistema integrado estivernegativa, ou seja, gerando mais do que o consumo, a edificação passa a ser um Energy-PlusBuilding  (edificação de energia positiva). O Grupo de pesquisa estratégica de energiasolar fotovoltaica da UFSC – Grupo FOTOVOLTAICA UFSC, apresenta a proposta deuma edificação com sistemas fotovoltaicos integrados à cobertura (BIPV, da denominaçãoem inglês BuildingIntegrated Photovoltaics) que no momento está em construção noparque tecnológico Sapiens Parque, localizado na Cachoeira do Bom Jesus, emFlorianópolis – SC. A construção será a nova sede de estudos do Grupo. O projeto leva onome de Centro Integrado Multiusuário de energia solar (CIM) e tem como objetivodisseminar conhecimentos sobre ciência e tecnologia, participar ativamente nacapacitação técnica e na pesquisa científica, na área da tecnologia solar fotovoltaica. OCIM é constituído por dois blocos: A e B. O Bloco A é uma edificação com: anfiteatro,salas de aula, sala de professores, sala de alunos e sala de reuniões.O Bloco B é uma edificação com: oficina, laboratório de ensino, laboratório deprototipagem, terraço para testes de módulos fotovoltaicos, e mezanino com sala paraalunos de iniciação científica e pós-graduandos. Simulações feitas pelo GrupoFOTOVOLTAICA-UFSC mostram que o CIM poderá ser considerado um Energy-PlusBuilding , já que no balanço energético anual, a geração fotovoltaica será 7% superiorao consumo da edificação. Nas coberturas das edificações serão instalados módulos fotovoltaicos para demonstração da instalação e do funcionamento da tecnologiafotovoltaica, visando agregar valor ao conceito de atuação em pesquisa científica ecapacitação na área de energia solar fotovoltaica. No momento, a preocupação comgases de efeitos estufa (GEE) vem aumentando, e a procura por fontes renováveis deenergia torna-se cada vez mais necessária. Uma das alternativas seria o uso da energiasolar através da integração de módulos fotovoltaicos ao envelope construtivo deedificações, nas quais tais áreas de outra forma não seriam utilizadas para gerar energiaelétrica, mas somente para proteção de agentes externos.

Biografia do Autor

Andrigo Filippo Antoniolli

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Publicado

2013-11-29

Edição

Seção

PALESTRAS E MINICURSOS