CONTRIBUIÇÕES DO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA PARA A PREVENÇÃO DA DENGUE NAS ESCOLAS ESTAUDUAIS DO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA – SC

Autores

  • Srt Maiara Pereira UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINESE-UNESC
  • Srt Maristela Giassi UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINESE-UNESC

Palavras-chave:

Dengue, Educação, Saúde

Resumo

INTRODUÇÃO

Dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus, pertencente ao gênero Flavivirus, transmitido pela fêmea do mosquito Aedes aegypti. O mosquito gosta de calor, proliferando-se em áreas tropicais e subtropicais. Como o Brasil possui clima subtropical, o mosquito desenvolve-se com facilidade, gerando constante preocupação. Atualmente a dengue é considerada a segunda mais importante doença transmitida por vetor no mundo. Conforme Barreto e Teixeira (2008), no Brasil o vírus circula desde 1846 e desta data em diante foram relatadas grandes epidemias no país, principalmente nas regiões de clima quente. Conforme a Diretoria de Vigilância Epidemiológica - DIVE (2012) o Brasil registrou um total de 286.011 casos de dengue de janeiro a abril de 2012, com 1,2% na região Sul. Destacando o estado de Santa Catarina onde foram registrados 445 casos suspeitos, com 85 confirmados. Tendo em vista a gravidade da dengue na sociedade o número de focos e de casos confirmados em Criciúma, decidiu-se por realizar uma pesquisa com o objetivo de verificar se os professores trabalham com o tema “DENGUE” nas escolas, pois o mundo da educação é um espaço significativo para o desenvolvimento de um processo de prevenção à saúde.

METODOLOGIA

Utilizou-se uma metodologia qualitativa exploratória de campo e revisão bibliográfica sobre o tema. O instrumento de pesquisa foi um questionário contendo 10 perguntas abertas e fechadas e algumas questões de conhecimentos específicos sobre a Dengue, aplicados a 21 professores de Ciências e Biologia de 21 escolas da Rede Púbica Estadual de Ensino de Criciúma, no período de maio a dezembro de 2012. Foi realizado contato com 21º GERED (Gerencia Regional de Educação) de Criciúma-SC, posteriormente com as escolas e com os professores para realizar a entrevista. Foi realizado também um teste piloto para validação do instrumento de pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados indicam que o tema Dengue não entra especificamente nos planos dos professores, 86% afirmaram que este assunto só é abordado porque faz parte de outros conteúdos como a água, o meio ambiente, etc. Os outros 14%, responderam que não sabiam, pois trabalham a pouco tempo na escola. Quanto ao conhecimento dos alunos sobre a dengue, 95% dos professores entendem que eles o adquirem a partir dos meios de comunicação. Um deles não soube responder. Na questão referente à contribuição da educação escolar para a saúde da população, todos os professores concordam que sim. Quanto os possíveis casos de dengue na escola, 86% dos professores afirmaram que nunca foi relatado e 14% deles não sabiam responder.  Quanto ao recebimento de visitas de profissionais da área da saúde na escola, 52% dos entrevistados responderam que não sabiam já 38% deles, responderam que não, sem justificativas, e 10%, afirmaram que sim sem especificar a frequência.  Quanto aos conhecimentos sobre Dengue, 78% dos professores mostrou bom conhecimento sobre o mesmo, contudo, pode-se perceber alguns equívocos como, por exemplo, na pergunta sobre a forma de contágio da Dengue, uma professora respondeu que seria por meio do contato com o vírus pelo ar. Outra questão sobre os fatores que facilitam o desenvolvimento da dengue: uma professora respondeu que pode acontecer com pessoas que tem pouca higiene, não conseguindo especificar se corporal ou do ambiente. As respostas acima nos levam a refletir sobre a formação dos professores. Será que estes em sua formação recebem orientações suficientes para compreender a importância de tratar com os estudantes de temas relacionados com a saúde e a qualidade de vida? Entende-se que o ambiente escolar é um dos principais lugares onde se pode obter informações corretas e úteis para a vida, especialmente no campo da saúde básica, em que um trabalho educativo preventivo poderia evitar casos de doenças e garantir qualidade de vida.

CONCLUSÃO

A partir desta investigação entendemos que os professores deveriam ser estimulados á trabalhar com temas relativos à qualidade de vida e saúde da população. Observamos ainda que a educação tem um grande potencial no que tange a prevenção de doenças. No caso da Dengue em que medidas preventivas são essenciais, as escolas poderiam contribuir sobremaneira. Assim se evitariam gastos com os cofres públicos neste sentido, pois muitos agravos à saúde, não apenas a Dengue, poderiam ser evitados com ações rápidas e eficientes, além de serem de baixo custo e aplicabilidade.

AGRADECIMENTOS

À UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense pelo apoio a esta pesquisa – PIC 170.

REFERÊNCIAS

BARRETO. M. L., TEIXEIRA. M. G. Dengue no Brasil: situação epidemiológica e contribuições para uma agenda de pesquisa. ESTUDOS AVANÇADOS, v.22, n.64 São Paulo. 2008.


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA–DIVE. Disponível em: <http://www.dive.sc.gov.br/> Acesso: 15 de março de 2013

Biografia do Autor

Srt Maiara Pereira, UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINESE-UNESC

Acadêmica do curso de Ciências Biológicas Licenciatura da Universidade do Extremo Sul Catarinense-UNESC

Srt Maristela Giassi, UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINESE-UNESC

Profesora e Orientadora do curso de Ciências Biológicas Licenciatura da Universidade do Extremo Sul Catarinense-UNESC

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Publicado

2013-11-27

Edição

Seção

RESUMOS