AVALIAÇÃO DA TAXA DE HERBIVORIA POR Dione Juno Juno EM MARACUJAZEIRO AZEDO

Autores

  • Guilherme Fernandes Zappellini Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Patrícia Menegaz de Farias Universidade do Sul de Santa Catarina

Palavras-chave:

Passiflora edulis, lagarta, insetos fitofágos.

Resumo


No Brasil o maracujazeiro-azedo (Passiflora edulis) é o mais cultivado. Entretanto, a ação de insetos-praga constitui um dos principais fatores que ameaçam a produtividade desta cultura.  Dione juno juno (Cramer) (Lep. Nymphalidae) é umas das principais pragas do no cultivo, ocasiona danos foliares na fase larval  (BRANDÃO et al., 1991). Quando relacionadas a plantas cultivadas a redução da área fotossintética observa-se efeitos negativos sobre plantas. Devido a falta de informações sobre a densidade populacional de D. juno juno correlacionada com dano foliar, o presente estudo buscou avaliar a taxa de herbivoria por esta espécie praga em pomar de maracujazeiro azedo no processo de diagnóstico para o manejo da cultura.

 

O estudo foi conduzido na Fazenda Experimental do curso de Agronomia da Universidade do Sul de Santa Catarina, localizada no município de Braço do Norte (28º14’26.56”S; 49º03’30.49”) e no Laboratório de Entomologia (LECAU). Para os dados de incidência e densidade populacional de D. juno juno foram amostrados quinzenalmente, no período de outubro/2012 a maio/2013 10 pontos amostrais, previamente aleatorizados. Para registro da taxa de herbivoria foram coletadas 10 folhas por ponto amostral, utilizadas para a análise do índice de herbivoria e identificação do agente, classificado em mastigador e raspador. Para cada folha retirada por indivíduo foi feita uma estimativa visual dos danos causados por herbivoria, para se calcular a classe de herbivoria. O Índice de Herbivoria (IH) para cada indivíduo foi calculado a partir da equação abaixo (Dirzo & Domingues 1995): IH = Ʃ(ni).i/N, onde ni = número de folhas na categoria i de dano; i = a categoria (0 a 5); N = número total de folhas amostradas (Tabela 1).

 

Observou-se 74 indivíduos D. juno juno com 0,44 indivíduos/m2. O maior pico populacional ocorreu no mês de abril, na fase de frutificação, este representou 64,8% (n=48) do total de indivíduos coletados. Em relação ao tipo de dano foi observado em todas as folhas amostradas ocorrência de dano por raspador (100%), enquanto que em 44% das mesmas, também havia dano provocado por insetos mastigadores.  O índice de herbivoria registrado foi da classe três ( > 12 e >25%) (Figura1).

Segundo Chacon & Rojas (1984) nos primeiros instares as lagartas de D. juno juno apenas raspam a epiderme do limbo foliar, posteriormente consomem  toda folha, o que pode ser ocorrido nos resultados aqui apresentados. Sugere-se que os produtores realizam o monitoramento a fim de estipular parâmetros para avaliação de herbivoria em maracujazeiro-azedo e contribuir para o manejo integrado.

 

 

De acordo com os resultados obtidos e nas condições que o estudo foi realizado conclui-se que o dano foliar em maracujazeiro azedo basicamente é do tipo raspador, sugerindo que o  maior ataque das lagartas ocorre quando estão nos em primeiros instares.


Biografia do Autor

Guilherme Fernandes Zappellini, Universidade do Sul de Santa Catarina

Laboratório de Entomologia/Agronomia

Patrícia Menegaz de Farias, Universidade do Sul de Santa Catarina

Laboratório de Entomologia do Curso de Agronomia LECAU

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Publicado

2013-11-25

Edição

Seção

RESUMOS