INFLUÊNCIA DA ASSEPSIA NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Physalis angulata

Autores

  • Rafael de Oliveira da Silva Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Mariana Rosa da Silva Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Patrícia Menegaz de farias Universidade do Sul de Santa Catarina

Palavras-chave:

Physalis, Taxa de germinação, Contaminação.

Resumo

No sul do país uma espécie que está sendo “incorporada” no cultivo de pequenas frutas é a Physalis. Apesar da escassez de trabalhos esta planta é considerada excelente alternativa de cultivo, pois pode proporcionar incremento de renda à agricultura familiar. O teste de germinação é o método mais utilizado para se determinar a qualidade e assepsia de um lote de sementes (MAPA, 2009). A presença de fungos e bactérias é um fator que pode reduzir tanto a capacidade germinativa quanto o vigor das sementes. Uma forma de evitar contaminantes o é a utilização de desinfetantes ou alvejantes domésticos, como o hipoclorito de sódio (Ribeiro et al.,2009). Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a taxa de germinação e contaminação de sementes Physalis angulata submetidas a concentrações de hipoclorito de sódio.

O experimento foi realizado no Laboratório de Produção Vegetal do curso de Agronomia da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Foram coletados 100 frutos maduros de Physalis angulata de um produtor orgânico da região de Tubarão (SC) (28°27’41,39” S; 49°02’56,01” O), e levados ao laboratório. Os mesmos foram abertos para a retirada das sementes com o auxilio de espátula. As sementes foram submetidas a dois tratamentos, que constituíram-se na formulação de uma solução a base de água destilada com concentrações de 1 e 2% de hipoclorito de sódio, mais a testemunha. Depois de retiradas foi feita a desinfecção das sementes através de uma única lavagem nas soluções. Foram utilizadas 600 sementes de P. angulata, sendo 200 para cada tratamento. A lavagem das sementes com as soluções foi feita com o auxílio de peneiras. Na testemunha foi feita apenas lavagem com água destilada. Posteriormente, estas foram distribuídas sobre uma folha de papel germitest em caixa tipo gerbox (11cm x 11cm x 4 cm). Cada tratamento teve oito repetições, sendo constituída por 25 sementes cada. As sementes foram umidificadas a cada três dias. O experimento foi mantido em sala climatizada (25 1±°C; UR 40%; fotofase 12 horas). Foram feitas avaliações aos dois, três e seis dias após a semeadura, sendo avaliada a taxa de contaminação, germinação e velocidade de germinação por semente. Sendo considerada germinação a emissão de radícula. O número médio de sementes contaminadas e germinadas foi submetido à análise de variância (Kruskal-Wallis), seguida pelo contraste de Dunn, a nível de significância de 5%, com o auxilio do software Bioestat®.

Observou-se uma variação de 85 a 88% de germinação das sementes de Physalis angulata submetidas aos diferentes tratamentos de assepsia.  Na primeira avalição realizada aos dois dias após a semeadura não houve diferença na germinação das sementes entre os tratamentos e a testemunha (H=1,957; P=0,3759). Foi registrada uma germinação de 0,8±0,05 sementes na testemunha, enquanto que no tratamento com assepsia de 1% de hipoclorito de sódio 0,7±0,05 das sementes já apresentavam emissão de radícula e a 2% da solução apenas 0,1±0,01 sementes. Também não foi observada diferença significativa germinação ao decorrer os três (H=2,577; P=0,2757) e seis dias de avaliações (H=0,0093; P=0,9954). Em estudos resultados com P. peruviana, foi observado apenas germinação após 20 dias e com grande desuniformidade (Silva et al. 2006), não corroborando com os resultados aqui apresentados, pois nesse trabalho alcançou-se uma uniformidade de germinação após seis dias de semeadura.  Verificou-se contaminação por fungos, que apresentou uma taxa variando entre 3,5 e 10% entre os tratamentos. Na primeira avaliação para a testemunha a contaminação foi de 3,7±0,07 sementes, já para assepsia a 1% de hipoclorito de sódio, observou-se 0,8±0,04 sementes contaminadas. No tratamento a 2% obteve-se um resultado de 1,1±0,06 sementes. Aos três dias, a contaminação foi maior na testemunha (3,7±0,07 sementes), quando comparadas ao tratamento 1% (0,6±0,05) e 2% (2,0±0,07).  Aos seis dias após a semeadura, apenas a assepsia à 1% (1,1±0,06 sementes/contaminadas diferiu da testemunha (2,5±0,05 sementes/contaminadas) ( H= 8.1124; p<0,05).

Através de todos os resultados obtidos, conclui-se que o tratamento com a solução de 1% de hipoclorito de sódio seria o mais recomendado para um controle de assepsia de sementes.

 

Biografia do Autor

Rafael de Oliveira da Silva, Universidade do Sul de Santa Catarina

Laboratório de Produção Vegetal

Mariana Rosa da Silva, Universidade do Sul de Santa Catarina

Laboratório de Produção Vegetal

Patrícia Menegaz de farias, Universidade do Sul de Santa Catarina

Laboratório de Produção Vegetal

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Publicado

2013-11-25

Edição

Seção

RESUMOS