O custo invisível da inteligência artificial generativa: o uso intensivo de recursos naturais
Palavras-chave:
inteligência artificial; recursos naturais; geração de imagens; crise climática; sustentabilidade.Resumo
O avanço das tecnologias de inteligência artificial (IA), especialmente para geração de imagens, tem levantado preocupações quanto ao seu impacto ambiental. Este trabalho discute o consumo de recursos naturais, com foco em energia elétrica e água, em processos de treinamento e operação de modelos generativos. A pesquisa, fundamentada em revisão bibliográfica e análise crítica, evidencia que sistemas como o ChatGPT podem consumir até 500 ml de água a cada 20 a 50 interações. Estimativas jornalísticas apontam ainda que cada imagem gerada pode demandar entre 2 e 5 litros de água, embora esses números careçam de validação técnica., além de apresentarem elevada pegada de carbono. O estudo examina o funcionamento dos data centers, a dependência de fontes não renováveis e a falta de transparência das grandes empresas de tecnologia, com atenção ao contexto brasileiro, onde crises hídricas e energéticas agravam os efeitos ambientais. Conclui-se que a popularização da IA exige estratégias de sustentabilidade computacional, políticas públicas e regulação ambiental capazes de reduzir impactos e promover uma transformação digital ética e ecologicamente responsável.