Cineclube Ó Lhó Lhó: educação para participação coletiva

Resumo

Este trabalho apresenta as ações do Cineclube Ó Lhó Lhó no IFSC em 2025, projeto de extensão criado em 2014 no Campus Florianópolis e consolidado como espaço de formação crítica do público, organização coletiva e difusão do audiovisual. Trata-se de um coletivo cultural constituído de forma colaborativa por estudantes, ex-estudantes e integrantes da comunidade externa, organizados para planejar, produzir e mediar atividades. Em 2025, o Cineclube promoveu a segunda edição do Festival Ó Lhó Lhó: Construindo Coletivos, ciclos temáticos semanais, o curso Descobrindo cinemas latino-americanos e caribenhos: um percurso coletivo, além de parcerias institucionais e ações de integração na rede Cultura Viva. A metodologia baseou-se em programações colaborativas com exibições, debates mediados e oficinas formativas, com participação ativa de diferentes públicos. Os resultados envolveram maior engajamento, ampliação de parcerias, premiações no festival e a elaboração de um manifesto no Encontro de Cineclubes Catarinenses, que gerou articulações políticas e visita ao gabinete do deputado estadual Marquito, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), fortalecendo a rede de cineclubes do estado. O coletivo ainda participou da Miniteia Sul/Floripa, em Criciúma, e de atividades de integração com outros coletivos culturais, incluindo a inauguração do Cineclube Cineférico. Esse envolvimento ampliou sua inserção em redes culturais e contribuiu para o reconhecimento oficial como Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura, consolidando-o como espaço territorial de pertencimento e articulação comunitária. O percurso reafirmou o cineclubismo como prática de extensão e formação cidadã, incentivando pertencimento, redes colaborativas e repertório estético-político.