Estudo da compatibilidade entre o cimento e os aditivos estabilizadores em argamassas estabilizadas
Palavras-chave:
Cimento Portland, Aditivo estabilizador de hidratação, Argamassa estabilizadaResumo
A argamassa estabilizada é um material com inúmeras vantagens no mercado da construção civil, principalmente em relação às argamassas convencionais, pois ela pode manter a trabalhabilidade por até 72 horas, enquanto que as demais possuem
um tempo muito reduzido para utilização, entre 2 a 2,5 horas. Para manter essa propriedade, a utilização de aditivos estabilizadores de hidratação é fundamental, pois permite prolongar o tempo de trabalhabilidade, aumentando a eficiência e
rendimento da obra e reduzindo o desperdício de materiais em obras e espaço destinado ao armazenamento de materiais.
No que diz respeito ao funcionamento dos aditivos estabilizadores de hidratação, Cheung et al. [1] destacam que esses aditivos atuam sobre a cinética das reações de hidratação, prolongando o período de indução e modificando a taxa de hidratação dos
compostos do cimento Portland. Isso interfere diretamente nos processos de pega e endurecimento, conforme descrito por Mehta e Monteiro [2], retardando essas reações e permitindo que a argamassa se mantenha trabalhável. No mercado, existem
diferentes tipos de aditivos estabilizadores de hidratação, e seu efeito depende da dosagem utilizada, além de sua compatibilidade com a composição do cimento Portland, como analisado por Guindani [3]. Essa variabilidade reforça a importância de estudos de formulação, para garantir o desempenho desejado nas propriedades da argamassa. Além dos aditivos estabilizadores de hidratação, os aditivos incorporadores de ar (AIA) também são fundamentais na formulação das argamassas estabilizadas para garantir uma boa trabalhabilidade da mesma. Esses aditivos promovem maior coesão nas misturas, reduzindo a tendência à exsudação, o que contribui para a homogeneidade e qualidade do material.